domingo, 21 de maio de 2006

Sem titulo

"Um dia a maioria de nós irá separar-se. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.

Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nas cartas que trocaremos. Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...

Aí, os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo....

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
Quem são aquelas pessoas?"
Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto!
-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"

A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente......

Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo. E, entre lágrima abraçar-nos-emos.

Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado. E perder-nos-emos no tempo.....

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades....

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Fernado Pessoa

domingo, 14 de maio de 2006

Vomitei o Jantar...

Vomitar não vomitei... Mas ao menos já está toda a gente na expectativa! Estava a gozar um belo bacalhau à brás quando, no Jornal da Noite da SIC, vejo a notícia do concerto de Tony Carreira no Pavilhão Atlântico. O artista, que já tinha enchido a sala de espectáculos, voltou a fazer das suas e, incompreensívelmente (para mim, naturalmente), voltou a ter lotação esgotada. O que me deu a volta ao estômago, para além do facto que acabo de referir, foi a presença de um casal que havia marcado a data do casamento para o mesmo dia do concerto do Tony. Compareceram ao evento vestidos a preceito, ela de vestido branco, ele de fato bem jeitoso. Sublime é que o evento a que me refiro não é a cerimónia do seu casamento, mas sim o concerto em si! Lá estavam eles, na fila para entrar no Pav. Atlântico, de braço dado, envergando orgulhosos as respectivas alianças nas quais haviam mandado gravar os títulos de duas músicas do Tony Carreira ("Nunca te deixarei", creio, e outra). Larguei os talheres, bati com estrondo na mesa e permaneci, estarrecido, a olhar para o ecrán... Como é possível? Como?

Durante o concerto, Tony Carreira aproveitou para fazer o lancamento do seu filho, Micael Carreira (não tenho a certeza se é assim que se escreve, algum fã que me corrija!)... Atenção pessoal, temos nova vedeta no panorama musical português...


Que caralho... (perdoem o calão)

got tomato?



como é pessoal, vamos à tomatina este ano ou ke? :-)

segunda-feira, 8 de maio de 2006

Vírus Vegetal

Os guionistas dos Morangos com Açúcar deviam escrever para uma série humorística qualquer... Acho que se safavam muito melhor do que a tentar recriar um ambiente jovem, de escola secundária... Hoje dei por mim, depois de muito tempo de ausência, a assistir a um episódio de tão eloquente série televisiva. Acho que raramente me diverti tanto com um episódio como com o de hoje. O enquadramento é o seguinte: O colégio da Barra foi colocado em quarentena devido à contaminação de vários dos seus alunos por um vírus extremamente perigoso. Vânia, investigadora, tem um problema com o seu equipamento de protecção laboratorial e é contaminada pelo vírus que anda a estudar. Eis a primeira questão (e porventura a mais divertida)... Todo o ambiente laboratorial em que Vânia trabalha é espectacular! Toneladas de máquinas a trabalhar, muitos líquidos cheios de cores giras, material topo de gama, enfim, tudo 5 estrelas... Como explicar então que Vânia use como protecção contra o vírus que está a manipular uma fatiota ranhosa branca, com uns óculos gigantes de plástico foleiro e uma máscara de cartão? Supostamente, Vânia foi infectada pelo vírus porque tinha um rasgão enorme nas costas da fatiota, rasgão esse que ela não viu... Não sei como é possível porque aquela merda era enorme... Mas nem seria preciso ter esse rasgão para ser contaminada! Alguém me explica que tipo de protecção oferece aquela delícia de máscara de cartão?! Aquilo não é inexpugnável, não sei se têm noção disso... A Vânia já devia era estar morta, isto se os Morangos fossem cientificamente coerentes! Melhor... para dar um ar cientificamente adequado e mais realista à questão, resolveram mostrar o que ela vê no microscópio. Infelizmente, não se deram ao trabalho sequer de indagar a alguém que percebesse algo do assunto, o que é q se vê naquele tipo de estudos... Ao invés, colocaram uma imagem foleira de células com bolas verdes com ar radioactivo a flutuar. Essas bolas são cloroplastos amiguinhos (cenas q fazem fotossíntese para os que não estiveram no 1º agrupamento), e só existem nas células vegetais. Portanto, Vânia foi contaminada por um vírus que infecta células vegetais? Mas isso faria dela um... Vegetal! Lá está, uma couve, uma alface... o que quiserem... A ideia de um vírus infectar células vegetais faz-me alguma comichão, mas a relevância clínica de tal facto para seres humanos deixa-me, verdadeiramente, boquiaberto. Cá temos, Vânia, infectada pelo Vírus Vegetal (ou como vou chamar-lhe, VV). Mais tarde nessa noite, Vânia vai para casa, onde começa a sentir alguma tosse... Mal sabia ela que estava a transmitir o vírus a um co-habitante seu, o Tomé (epá, parece que os nomes foram feitos de propósito para gozar...), que também é conhecido por FF (não sei o que quer dizer, mas no que me diz respeito deve ser qq coisa do género "Fdx que Fatela"). Temos, agora, FF infectado com VV. Como é óbvio, o vírus tem de chegar ao colégio da Barra, caso contrário a história não teria pica nenhuma... Daí que o vírus se desenvolva muito mais lentamente nestas duas personagens do que nas restantes celebridades do colégio que desenvolvem muito mais rapidamente sintomas... Tosse, calor e, por fim, desmaio... O vírus, tem uma especial apetência por celebridades, já que os figurantes não aparentam ser grandemente afectados... Temos então os óbvios infectados, Matilde, Bia, Daniela, Nelson, e o professor Durval (outro exemplo de um nome feito para ser troçado), sendo que este último nem sequer exibiu todos os sintomas porque o fim do episódio estava próximo... Limitou-se a cair na sala dos profs deixando todos preocupados... Entretanto os alunos afectados foram separados e Vânia que, curiosamente, se mantinha algo alerta diz que sabe o que se está a passar, que pode ajudar... Aí perdi as estribeiras... Mas podes ajudar o quê caralho?! Supostamente devias ser uma croma de merda no laboratório mas os idiotas que fizeram o teu texto só te põem a dizer enormidades do género "cultivei os vírus nas células, e agora vou extraí-los"! Ainda por cima contaminaste toda a gente com um VV! Se não for uma impossibilidade biológica é, pelo menos, muitíssimo altamente improvável, e ultrapassa todos os limites do rídiculo... Ver os actores a tentarem fingir precisão cientifica é algo que me constrange profundamente, e eu n tenho precisão científica de qualquer espécie, para além daquela que um idiota do 3º ano de medicina pode ter... Portanto aqui vai o meu conselho: Pega na frágil máscara de papel com que te protegeste durante tantos episódios e enfia-a pelo recto acima dos argumentistas que te obrigam a fazer tão tristes figuras ó Vânia... Para os actores em geral, não desistam... pode ser q um dia destes vos dêm um papel de jeito... Excluo neste lote o Tó Jó, por razões que me parecem óbvias...

quinta-feira, 4 de maio de 2006

Flashback

Hoje fui comprar tinteiros à Worten. Como se isso não fosse deprimente o suficiente, na medida em que comprar tinteiros possibilita que eu imprima material de estudo, fui forçado a recordar os meus tempos de 7º ano, altura de muita insegurança e medo. Vinha tranquilo da Worten quando me deparo com três raparigas que se deslocavam lestas em direcção ao continente. Atrás delas seguiam três putos com ar de mitra, claramente a persegui-las (pensei eu de início). A dado momento, as raparigas viram à esquerda antes de entrar no Continente e os mitras seguem em frente e entram no hipermercado. Aí pensei que tudo aquilo era filme da minha mente, mania da perseguição (pela qual sempre fui conhecido e criticado). Eis senão quando vejo que os mitras saiem, repentinamente, do Continente e vão no encalço das raparigas que entram em pânico e fazem uma parvoíce... Descem o tapete rolante para a garagem. Fui atrás deles e quando cheguei ao tapete vejo que elas estavam na companhia de um casal. No entanto, os mitras não as largavam. Paguei o meu parque, achando tudo aquilo muito estranho... Quando saí para a garagem deparei-me com a seguinte situação: o casal, as raparigas e os mitras tavam todos feitos parvos em rodinha à espera n sei do quê!! As miúdas super assustadas, os mitras prontos para as roubarem e o casal perfeitamente apático. Acerquei-me da rodinha e perguntei (aqui vem a parte máscula) "Passa-se alguma coisa?". Fui esclarecido e perguntei às miúdas se queriam que eu as levasse dali embora... Como é óbvio, elas prontamente acederam e fomos embora... Os mitras ficaram desconfiados a olhar enquanto nos afastavamos, o casal lá vinha com lições de moral. Deixei as miúdas do 7º ano na Pedro de Santarém e vim pra casa. Ao menos que eu possa fazer aos outros aquilo que nunca me fizeram a mim...

segunda-feira, 1 de maio de 2006

Um amigo

Aqui fica um livro que estava fechado há muito e muito tempo ...

Ter um amigo
é maravilhoso

Ser amigo, de alguém
Ainda é melhor

É como acordar
e sentir sol a brilhar

Um amigo ouve
o que tu dizes
e tenta compreender
o que não sabes dizer

Mas um amigo
não está sempre de acordo contigo
Um amigo contradiz-te
e obriga-te a pensar honestamente

Um amigo gosta de ti
mesmo que faças asneiras

Um amigo ensina-te
a gostar de coisas novas
Não terias imaginado essas coisas
se estivesses sozinho

Um amigo é alguém
com quem se está bem


Mas um amigo é muito mais que isso!
É alguém que pensa em ti
quando não estás aqui


Alguém que bate com os dedos na madeira
quando tu tens de fazer coisas difíceis

Nunca se está realmente só
quando se tem um amigo

Amigo é uma palavra bonita
É quase
a melhor palavra!

Um amigo é alguém
Que tem sempre tempo para ti
quando apareces.

Toda a gente pode ter um amigo
Mas não vivas tão apressado
Que nem vejas
Que há alguém que quer ser teu amigo

Um amigo é alguém
que é para ti uma festa
alguém que pensa em ti
e te ouve
e te ajuda a saber o que tu és

Alguém que te ajuda a descobrir as coisas
alguém que está contigo e não tem pressas

Alguém em quem tu podes acreditar!
Quem é o teu amigo ?