Os guionistas dos Morangos com Açúcar deviam escrever para uma série humorística qualquer... Acho que se safavam muito melhor do que a tentar recriar um ambiente jovem, de escola secundária... Hoje dei por mim, depois de muito tempo de ausência, a assistir a um episódio de tão eloquente série televisiva. Acho que raramente me diverti tanto com um episódio como com o de hoje. O enquadramento é o seguinte: O colégio da Barra foi colocado em quarentena devido à contaminação de vários dos seus alunos por um vírus extremamente perigoso. Vânia, investigadora, tem um problema com o seu equipamento de protecção laboratorial e é contaminada pelo vírus que anda a estudar. Eis a primeira questão (e porventura a mais divertida)... Todo o ambiente laboratorial em que Vânia trabalha é espectacular! Toneladas de máquinas a trabalhar, muitos líquidos cheios de cores giras, material topo de gama, enfim, tudo 5 estrelas... Como explicar então que Vânia use como protecção contra o vírus que está a manipular uma fatiota ranhosa branca, com uns óculos gigantes de plástico foleiro e uma máscara de cartão? Supostamente, Vânia foi infectada pelo vírus porque tinha um rasgão enorme nas costas da fatiota, rasgão esse que ela não viu... Não sei como é possível porque aquela merda era enorme... Mas nem seria preciso ter esse rasgão para ser contaminada! Alguém me explica que tipo de protecção oferece aquela delícia de máscara de cartão?! Aquilo não é inexpugnável, não sei se têm noção disso... A Vânia já devia era estar morta, isto se os Morangos fossem cientificamente coerentes! Melhor... para dar um ar cientificamente adequado e mais realista à questão, resolveram mostrar o que ela vê no microscópio. Infelizmente, não se deram ao trabalho sequer de indagar a alguém que percebesse algo do assunto, o que é q se vê naquele tipo de estudos... Ao invés, colocaram uma imagem foleira de células com bolas verdes com ar radioactivo a flutuar. Essas bolas são cloroplastos amiguinhos (cenas q fazem fotossíntese para os que não estiveram no 1º agrupamento), e só existem nas células vegetais. Portanto, Vânia foi contaminada por um vírus que infecta células vegetais? Mas isso faria dela um... Vegetal! Lá está, uma couve, uma alface... o que quiserem... A ideia de um vírus infectar células vegetais faz-me alguma comichão, mas a relevância clínica de tal facto para seres humanos deixa-me, verdadeiramente, boquiaberto. Cá temos, Vânia, infectada pelo Vírus Vegetal (ou como vou chamar-lhe, VV). Mais tarde nessa noite, Vânia vai para casa, onde começa a sentir alguma tosse... Mal sabia ela que estava a transmitir o vírus a um co-habitante seu, o Tomé (epá, parece que os nomes foram feitos de propósito para gozar...), que também é conhecido por FF (não sei o que quer dizer, mas no que me diz respeito deve ser qq coisa do género "Fdx que Fatela"). Temos, agora, FF infectado com VV. Como é óbvio, o vírus tem de chegar ao colégio da Barra, caso contrário a história não teria pica nenhuma... Daí que o vírus se desenvolva muito mais lentamente nestas duas personagens do que nas restantes celebridades do colégio que desenvolvem muito mais rapidamente sintomas... Tosse, calor e, por fim, desmaio... O vírus, tem uma especial apetência por celebridades, já que os figurantes não aparentam ser grandemente afectados... Temos então os óbvios infectados, Matilde, Bia, Daniela, Nelson, e o professor Durval (outro exemplo de um nome feito para ser troçado), sendo que este último nem sequer exibiu todos os sintomas porque o fim do episódio estava próximo... Limitou-se a cair na sala dos profs deixando todos preocupados... Entretanto os alunos afectados foram separados e Vânia que, curiosamente, se mantinha algo alerta diz que sabe o que se está a passar, que pode ajudar... Aí perdi as estribeiras... Mas podes ajudar o quê caralho?! Supostamente devias ser uma croma de merda no laboratório mas os idiotas que fizeram o teu texto só te põem a dizer enormidades do género "cultivei os vírus nas células, e agora vou extraí-los"! Ainda por cima contaminaste toda a gente com um VV! Se não for uma impossibilidade biológica é, pelo menos, muitíssimo altamente improvável, e ultrapassa todos os limites do rídiculo... Ver os actores a tentarem fingir precisão cientifica é algo que me constrange profundamente, e eu n tenho precisão científica de qualquer espécie, para além daquela que um idiota do 3º ano de medicina pode ter... Portanto aqui vai o meu conselho: Pega na frágil máscara de papel com que te protegeste durante tantos episódios e enfia-a pelo recto acima dos argumentistas que te obrigam a fazer tão tristes figuras ó Vânia... Para os actores em geral, não desistam... pode ser q um dia destes vos dêm um papel de jeito... Excluo neste lote o Tó Jó, por razões que me parecem óbvias...
segunda-feira, 8 de maio de 2006
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6 comentários:
Hate will lead you to the dark side...
pera lá. isso quer dizer que tu VÊS (pior, acompanhas) efectivamente os morangos com açúcar
fenomenal diogo! :D laughing out loud!
épá... pra mim eles só têm um nome... moranguinhos apaneleiradinhos dzrtinhos pra levar no respectivozinho... com muito inho, tão delicados como eles são, aquele bando de zés do milho e tós dos pês ou o caraças... aliens vindos do mundo parolo.
A ser 100% rigoroso, alguem c olhos na cara verificaris tb k os sistemas de soros na suposta sala de tratamentos do tal colegio tb nem gotejavam e mto menos davam sinal de estarem expurgados. e o lbzito ond o "cromio" e o outro medico descobriram a "cura"? patetico... c e k apenas com lamparinas, 2ou 3 microscopios e varios tubos de ensaio contendo supostamente sangue infectado se poderia seker pensr em isolar 1 Virus??
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