segunda-feira, 27 de abril de 2009

Last.fm is dead

This means that from today, listeners to Last.fm Radio outside of the USA, UK and Germany will be asked to subscribe for €3.00 per month, after a 30 track free trial period. In the USA, UK and Germany, where it’s feasible to run an ad-supported radio service, there won’t be any changes.

9 comentários:

garutti disse...

Nao percebo a desculpa deles. Um slot para publicidade na TV tem que ter audiencia suficiente no pais em que passa para poder ser vendido ao anunciante, mas os sites funcionam com um mercado global - nao ha distincao entre os paises, ate porque os anuncios sao normalmente de coisas que se podem comprar de todo o lado. E' ridiculo.

lb disse...

Na última edição do Prego estive à conversa com o Sérgio e o Sanches, com este último a contar-nos do seu receio em sacar cenas da net lá na Suécia devido ao aperto das autoridades. Os casos do Napster, mais recentemente do ThePirateBay e agora mais esta notícia da Last.fm levaram-me a pensar que, não.. provavelmente não vamos viver num mundo com todos estes conteúdos multimedia sempre à borla. (Porque até aqui penso que era isso que eu achava que iria acontecer). Se cada vez mais fazemos coisas pela internet, sendo os mais óbvios sacar filmes e musica ou simplesmente aceder a informação no wikipedia, em vez de fisicamente nos deslocarmos ao cinema, alugar um video, visitar um museu, comprar um livro, todos sítios onde ironicamente achamos perfeitamente normal pagar.
Talvez no futuro iremos ter uma conta paga para o youtube, wikipedia, myspace, facebook, para além de comprar filmes e musica, e a nossa geração será conhecida como os 'hippies da era tecnológica' quando arranjavamos tudo à borla. Será que os livros de história irão referir o momento de viragem os casos do PiateBay ou Last.fm? (acho que não, provavelmente será o youtube ou o google no centro das atenções).
Mas isto também levanta muitas questões paralelas. Musica e filmes talvez estajamos todos de acordo que faz sentido pagar. E informação no geral? Pagar uma mensalidade para o wikipedia? eu até pagava. Mas os outros sites todos não são informação à mesma? pagar para todos e quaisquer sites na net também me parece irreal. E se só porque sempre pagamos por musica,filmes,livros será isso normal, ou certo? Pondo agora o caso contrário dos piratas vencerem as autoridades e no futuro ser tudo livre, os nossos netos se rirem do facto que se pagava por estas coisas.
E se passarmos a pagar estas coisas na net, (na minha humilde interpretação da relação concorrência-oferta-procura) possivelmente até seria mais barato dado que a concorrência seria global e não apenas local. Seria quase como podermos comprar gasolina online do país onde fosse mais barato :P
outra vantagem seria de pagarmos apenas por aquilo que nós escolhiamos; os noticiários, filmes, musicas,etc e não uma assinatura dum tvcabo com 32629 canais onde apenas vimos 6.
Enfim, estou um "pouco" confuso sobre a questão (como bem se devem aperceber pela estrutura do texto) mas, para concluir, acho que, de certa forma, será 'normal' irmos gradualmente pagando por certos serviços online.

garutti disse...

Ha aqui duas questoes relacionadas. Uma etica e uma tecnologica. Por um lado, sera correcto sacar estas coisas que alguem teve trabalho a criar, mesmo sendo o preco delas tao elevado? Por outro lado, a tecnologia tem evoluido no sentido de fazer a partilha de dados cada vez mais facil e nao mais dificil.

"Information wants to be free" Stewart Brand
http://en.wikipedia.org/wiki/Information_wants_to_be_free

lb disse...

Etica - de sacar à borla ou pago, penso que a questão se prende com o preço. E penso (e espero!) que a dimensão e impacto dos sites/serviços dos quais estamos a falar permite um preço relativamente baixo. No caso do Last.fm acho que são 3€/mês o que me parece razoável. No iTunes concordo que os albuns ainda estão um pouco caros.

Tecnologia - Essa partilha realmente é mais fácil, mas facilidade não terá que implicar necessariamente gratuitidade.

Isto tudo foi mais uma "Wake-up call" para mim de que provavelmente irei começar a pagar por muitos serviços de que actualmente disponho à borla, e se antes discordasse com isso só "porque sim" ou porque "sempre foi assim", começo a aceitar e a habituar-me à ideia. Só espero que os preços sejam razoáveis, e tenho alguma fé que sim.

jp disse...

Só para dizer que gostei de ler os vossos comentários :p

Sérgio Silva disse...

A questão aqui tem a ver com o facto de o ser humano ter a vontade de partilhar. Quer seja na internet ou usando k7 VHS do tempo da maria cachucha, sempre partilhámos e vamos continuar a partilhar tudo. O facto de a Internet ser um meio que simplifica bastante essa partilha não faz dela a má da fita mas contribui sim para que todos nós partilhemos coisas que nunca nos vinham parar às mãos caso contrário. No caso da música penso que o facto de ter havido o last.fm no formato anterior faz com que tenhamos encontrado grande parte da música que hoje ouvimos e isso é também um dos principais factores para fazermos tanto questão de assistir a este ou aquele concerto. Hoje em dia dispomos de muito mais informação e conhecemos muito mais coisas devido a esta partilha quer seja ilegal ou não. Concordo que deve ser regularizada mas nunca na vida vai acabar a partilha de informação entre as pessoas. O modelo da industria musical mudou e vai continuar a mudar para se habituar ao facto de terem perdido quebras imensas nas vendas de CD's mas pelo contrário terem os seus concertos sempre esgotados. Sejam quais as medidas forem impostas à Internet por quem quer que seja o ser humano irá sempre contornar tudo e todos para prevalecer a partilha e troca livre de informação. Tecnologicamente é possível contornar tudo. O passado terá que se adaptar ao futuro e não o contrário.

Sérgio Silva disse...

Jaxx já participavas na discussão .. chega de muito bons e bue loucos e dizer que gostaste ... :p
That is not enough !

jp disse...

Lol. Dude acho que os principais pontos já foram aqui apresentados e embora seja muito interessante debater este assunto e aprofundar mais, acho que um consenso ainda está longe.

No entanto, em relação à indústria da música como referiste concordo com o que um bacano da PT disse numa apresentação no técnico em relação a este assunto: A indústria da música (a venda de CDs) não se soube adaptar e está completamente morta (excepto o caso da iTunes Store diria eu). Já a indústria da televisão, soube aproveitar a tecnologia e inovar (Meo's e afins..).

Isto é coisa para bairro e copos.

Sérgio Silva disse...

ja temos um que parece interessante

http://listen.grooveshark.com